Desde há muitos anos que tenho a preocupação que Torres Vedras consiga fixar aqueles que nela nasceram e fizeram o percurso inicial das suas vidas. Desde há muito tempo que pretendo contribuir para que estes não tenham que procurar novas paragens depois das suas formações superiores. Não tenho nada contra mobilidade. Bem pelo contrário! Ela é essencial para a diversidade e tolerância, para a maturidade e desenvolvimento pessoal. Todavia, podemos ser móveis a Torres Vedras voltando (e para dela partir e voltar vezes sem conta). É cá uma coisa que sinto! Ao lerem isto muitos (dos poucos que vão ler isto) interrogar-se-ão pelo motivo que me leva a tanto enraizamento. É de facto um certo bairrismo que não me perderei a explicar. Quando ajudei a criar o ATV
, foi também com esse objectivo. Reunir à volta de interesses comuns, aqueles que se encontravam deslocados, a realizar os seus estudos, permitindo assim manter-se um vínculo e projecto ligados à comunidade local. Simultaneamente podendo contribuir eles próprios para criarem melhores condições para s sua própria fixação em Torres Vedras, bem como para a dos outros, numa dinâmica e conjugação de sinergias únicas. Sob o lema "Traz um projecto, uma ideia, que nós damos o 'espaço' para o(a) realizares", lema este que ainda se mantém subjacente ao dia-a-dia do ATV, criou-se uma nova dinâmica associativa em Torres Vedras. Outras associações, assim como a autarquia foram também dando um importante contributo e hoje Torres Vedras tem reconhecidamente uma significativa maior capacidade de atracção e fixação de jovens qualificados. É claro que muitos ainda não encontraram o seu espaço mas "o caminho faz-se caminhando" como disse W. Churchill.
P.S. a propósito dos reencontros que se fazem nas redes socias virtuais.
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