25 de Abril

Não sou saudosista embora goste de recordar com saudade, pontualmente, os bons momento que vivi ou que gostaria de ter vivido ou que sinto através das memórias dos mais velhos. Com os meus pais aprendi os ideais de Abril de 74. Não sei se terão sido bem aqueles que realmente despoletaram na rua a revolução (a guerra e o seu fim, isso sim, claro!). Parece-me que à sua medida nos esquecemos (portugueses) que esses ideais não são um posto e conquistam-se todos os dias em todos os papéis que desempenhamos. É na micro luta do dia-a-dia que podemos fazer um mundo melhor e dar significado e sentido à vida e à história. Fazer isso é um compromisso com a vida de forma activa na defesa de valores e princípios, participando sempre na vida pública, lutando contra invejas e compadrios e defendendo o mérito, a solidariedade e o próximo, pois essa é a melhor forma de defender o interesse individual. Mas não é fácil! E talvez se tenha falhado no mais essencial das bases do desenvolvimento e da democratização, a educação (num conceito abrangente e considerando toda a comunidade educativa). Sem uma boa educação não temos desenvolvimento e pomos em causa a democracia. Esse erro tem mais de 35 anos (tem séculos) e continua a ser perpetuado. Haja coragem para o corrigir para que daqui a 20 anos não se possa dizer o mesmo. Temos é que fazer por isso...

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