Não sou da opinião que os Partidos não façam parte da solução. Fazem! Ou melhor devem e têm que fazer. Cheguei a defender teses sobre outro tipo de representatividade (mais associativa) mas não em substituição dos Partidos. Não me parece que exista uma fórmula melhor do que aquela que os combina. No entanto, os Partidos estão doentes. Temos tido muito pouco cuidado com eles. Os Partidos mudam-se com a vontade dos cidadãos. Com uma forte vontade e uma elevada participação dos cidadãos - o que não tem acontecido - mudam-se os partidos. Da mesma forma que se mudam outras organizações. Com paciência, trabalho, esforço, empenho e envolvimento de muitos cidadãos. Resilientes. Determinados. Com princípios que estão dispostos a defender, sem medo do debate de ideias e do conflito (nem sempre saudável, pois a vida não é justa). Mais complicado, todavia, são os custos do envolvimento. Como me dizia um ex. autarca, "só pode exercer cargos públicos por eleição quem é professor ou trabalha na administração pública". Não será totalmente assim mas haverá alguma razão no argumento. Talvez seja mais fácil. O emprego está garantido. Seja como for é importante que todos tomemos consciência de uma coisa: os partidos não são a razão da deterioração da política partidária, do regime e do país. Nós somos. Todos! Por omissão e negligência. Os Partidos são aquilo que deles fizermos... ou não! Cada vez mais...
P.S. a propósito dos candidatos que só o são de nome pois estão em listas simultâneas a diferentes cargos e eleições (vide Elisa Ferreira e Ana Gomes a título de exemplo) e da Lei do Financiamento dos Partidos e das Campanhas Eleitorais.
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